Os alimentos processados e ultraprocessados chegaram à mesa de crianças e adultos entre os anos 1970 e 1980, junto com essa mudança de hábitos alimentares e mais sedentarismo surgiu uma “epidemia” dos tempos modernos: a obesidade infantil. Veja nesse post, que, além de uma reeducação alimentar, os pais podem incluir atividades físicas na rotina dos filhos para que eles consigam evitar o problema ou até mesmo tratá-lo. O que é obesidade infantil? Essa doença é definida quando uma criança está com o peso muito acima do padrão para a sua idade e altura. Além de uma dieta pouco saudável, alguns fatores hereditários também podem estar entre as causas da obesidade infantil, porém a maior causa é mesmo sedentarismo e alimentação inadequada. As crianças de hoje ficam muito mais na frente da TV ou brincando com smartphones do que brincando com os amigos do condomínio ou da escola. Esse problema passa longe de ser apenas um fator estético, é uma questão de saúde. Segundo um estudo publicado pelo Ministério da Saúde, 75% das crianças que são obesas serão adolescentes obesos, e destes, 89% serão adultos obesos. O índice de obesidade infantil no Brasil é 12,9% entre as crianças de 5 a 9 anos. As consequências da obesidade infantil podem ser o desenvolvimento de diversas enfermidades que vão prejudicar muito a qualidade de vida delas. Doenças causadas pela obesidade infantil As consequências da obesidade infantil podem ser o desenvolvimento de diversas enfermidades que vão prejudicar muito a qualidade de vida delas. Algumas doenças que correm mais risco de surgir com a obesidade na criança: Doenças cardíacas precoces; Síndrome metabólica (Hipertensão, diabetes, colesterol alto, etc); Esteatose hepática não alcoólica (acúmulo de gordura no fígado); Asma; Depressão; Baixa autoestima; Distúrbios do sono, entre outras. Como combater a obesidade infantil? Os desafios do combate à obesidade infantil são muitos, mas o quadro pode ser revertido, com o estímulo e exemplo dos pais para que os filhos façam atividades físicas com regularidade, além de investir em uma alimentação saudável, mais baseada em uma alimentação mais natural. Essa, inclusive, é uma solução para combater o problema apresentada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). O assunto também foi tema de um manual de orientação, divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, no qual há recomendação dos pediatras para atividade física. Nesse documento, há sugestões de atividades físicas para crianças e jovens de 0 até 19 anos. Por exemplo, de 0 a 2 anos, a recomendação é atividades por períodos curtos, várias vezes ao dia; já para 2 a 5 anos, a orientação são 180 minutos de atividades de qualquer intensidade ao longo do dia e para pessoas de 6 a 19 anos, pelo menos 60 minutos de atividades físicas diárias para evitar a obesidade infantil e na adolescência. Como prevenir a obesidade infantil? Quais exercícios servem? A atividade física não pode ser vista como uma obrigação para a criança, tem que gerar prazer e alegria. Fique de olho no perfil do seu filho: ele gosta de mais agito? Prefere atividades mais calmas? Procure sempre fazer o que gosta! Mas nessa hora de se exercitar mais, vale esquecer um pouco os jogos de celular, videogames ou TV e colocar literalmente a “camiseta” para suar. Por isso, o ideal é matricular o filho em alguma modalidade que ele goste, como a natação infantil, judô, ballet ou circo. Porém, há um estudo da publicação Sports Medicine que revela também que os treinos como a musculação também podem ajudar a reduzir o percentual de gordura corporal. A musculação pode ser praticada, com exercícios adequados para a idade, a partir de 9 anos. A caminhada, que é uma atividade aeróbica, também ajuda na redução da gordura corporal. Sempre que puder, estimule a criança a praticar, seja em pequenas atividades do dia a dia ou até mesmo programando passeios ao ar livre. Sempre incentive que seu filho saia de frente das telas, seja do notebook ou da TV, e vá brincar com os amigos. Além de socializar, ele poderá correr, pular, jogar bola e participar de outras brincadeiras. Na Cia Athletica, há o Programa Kids que ajuda as crianças a praticar mais e também podem ajudar a combater e evitar a obesidade infantil. O programa é dividido por idades: De 0 a 2 anos, tem aulas de natação e psicomotricidade; De 3 a 6 anos, tem natação, psicomotricidade, judô, balé, iniciação esportiva e circo; De 7 a 14 anos, tem esportes de quadra, natação, tecido e jazz. Vantagens de investir nas atividades físicas Se você quer cuidar mais da saúde do seu filho, evitar ou reverter a obesidade infantil, o tratamento pode ser bastante divertido quando se opta pelas atividades físicas regulares. Além de conquistar mais amigos nas aulas, ele também se sentirá mais disposto, terá um sono melhor e muito mais energia para gastar. Além disso, também vai conquistar: Ganhos na psicomotricidade; Melhoria da circulação sanguínea; Menor risco de doenças cardiovasculares; Controle e perda de peso; Desenvolvimento de aspectos cognitivos; Desenvolvimento saudável de ossos e músculos; Melhor autoestima; Mais autoconfiança. Agora que você sabe mais sobre obesidade infantil, causas, consequências e soluções, agende uma aula experimental em alguma de nossas modalidades aqui na Cia Athletica! Seu filho pode se apaixonar por alguma delas! Por Érica Romano Nutricionista Unidade Anália Franco.
A obesidade infantil é assunto de saúde pública no mundo e precisamos discutir esse assunto tão sério.
No mundo, atualmente 600 milhões de pessoas no mundo estão obesas; 800 milhões são subnutridas crônicas, sendo 159 milhões crianças menores de cinco anos.
No Brasil, dados do Programa Escola Saudável  mostram que em vários Estados brasileiros, cerca de 23% das crianças da 1 a à 4 a série do ensino fundamental apresentam excesso de peso (variando de 20 a 33% entre as Regiões). A obesidade atinge cerca de 10% (variando de 5 a 12%).  Os índices mais baixos ocorrem no Nordeste e os mais altos no Sudeste e nas escolas particulares.
Conceitualmente, a obesidade pode ser classificada como o acúmulo de tecido gorduroso, localizado em todo o corpo, causado por:

  • doenças genéticas,
  • doenças endócrino- metabólicas ,
  • alterações nutricionais.

Crianças obesas estão expostas a estigmas de peso e podem ser vulneráveis a efeitos psicológicos, como depressão, e efeitos sociais, como o isolamento.
A obesidade infantil  pode trazer também outras consequências da obesidade para as crianças, entre as quais:

  • apneia obstrutiva do sono,
  • problemas ortopédicos,
  • diabetes do tipo 2
  • doenças cardiovasculares.

Para combater a obesidade infantil, o governo brasileiro busca atingir três metas até 2019:

  • deter o crescimento da obesidade na população adulta;
  • reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta;
  • ampliar em no mínimo 17,8% o percentual de adultos que comem frutas e hortaliças regularmente.

Os pilares fundamentais no tratamento da obesidade infantil são as modificações no comportamento e nos hábitos de vida (tanto da criança como se possível, da família), que incluem mudanças nos planos alimentar e atividade física.
Em termos práticos, a melhor estratégia parece ser uma abordagem multidisciplinar do problema, envolvendo diferentes especialistas de todas as áreas:

Mobilização da comunidade médica:

Os pediatras podem encorajar, apoiar e proteger o aleitamento materno, incentivar hábitos alimentares saudáveis e atividade física, e recomendar limitações na exposição à televisão.

Envolvimento das famílias:

Toda a família deve estar envolvida. Pais e mães fazem coisas incríveis no dia a dia por seus filhos. Mesmo cansados, às vezes até exaustos, são capazes de tudo por eles.
O amor pode ajudar a vencer a Obesidade Infantil. Os pais precisam estar mais próximos dos seus filhos, ajudando, brincando, fazendo novas receitas e educando.
Os pais exercem uma forte influência sobre a ingestão de alimentos pelas crianças. Entretanto, quanto mais os pais insistem no consumo de certos alimentos, menor a probabilidade de que elas os consumam.

Combate ao sedentarismo:

A criança e o adolescente tendem a ficar obesos quando sedentários.
Hábitos sedentários, como assistir televisão e jogar video game, contribuem para uma diminuição do gasto calórico diário.
Além do gasto metabólico de atividades diárias, o metabolismo de repouso também pode influenciar a ocorrência de obesidade.

Menos horas em frente à TV!

A televisão ocupa horas vagas em que a criança poderia estar realizando outras atividades. Há estudos que relacionam o tempo gasto assistindo televisão e a prevalência de obesidade.
A taxa de obesidade em crianças que assistem menos de 1 hora diária é de 10%, enquanto que o hábito de persistir por 3, 4, 5 ou mais horas por dia vendo televisão está associado a uma prevalência de cerca de 25%, 27% e 35%, respectivamente.

Exercício regular e atividade física:

O exercício é considerado uma categoria de atividade física planejada, estruturada e repetitiva. A atividade física, mesmo que espontânea, é importante na composição corporal, porque  aumenta a massa óssea, e previne a osteoporose e a obesidade.
O aumento da atividade física é uma meta a ser seguida, acompanhada da diminuição da ingestão alimentar. Geralmente a criança obesa é pouco hábil no esporte.
Nestes casos é preciso ter criatividade e propor atividades mais lúdicas, como descer escadas do edifício onde mora, jogar balão, pular corda, caminhar na quadra, além de ajudar nas tarefas domésticas.
A criança precisa encontrar  a atividade física que mais lhe dá prazer, esta atividade  não precisa ser competitiva. Muitas crianças se sentem melhor em aulas como natação e judô, por exemplo, do que em esportes de quadra.

Alimentação saudável:

Na primeira infância, recomenda-se que os pais forneçam às crianças refeições e lanches saudáveis, balanceados, com nutrientes adequados e que permitam às crianças escolher a qualidade e a quantidade que elas desejam comer desses alimentos saudáveis.

Vigilância alimentar:

Regulamentar a venda de alimentos nas cantinas escolares para garantir a oferta de produtos saudáveis e com baixo teor de gordura, açúcar e sódio.

Educação e campanhas de prevenção da obesidade:

A educação é o instrumento mais valioso e eficaz para bloquearmos o aumento da incidência da obesidade e suas complicações. Se nada for feito, segundo previsões,  35% da população adulta brasileira estará obesa em 2025.

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